segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Um livro que mudou minha vida - SHANTARAM - Gregory David Roberts.

Sinopse 


'Shantaram' é um romance baseado na vida do autor, Gregory David Roberts. Em 1978, por causa de seu vício em heroína, Roberts cometeu uma série de roubos e foi condenado a dezenove anos de prisão. Em julho de 1980, em plena luz do dia, ele conseguiu escapar pelo muro da frente da prisão de segurança máxima em Victoria, vindo a ser, nos próximos dez anos, o homem mais procurado da Austrália. 
Sua jornada levou-o a Nova Zelândia, Ásia, África e Europa, mas passou a maior parte do tempo em Bombaim – onde montou uma clínica de atendimento médico gratuito para moradores de favela e trabalhou como traficante de armas, falsificador, contrabandista e membro de um dos mais carismáticos ramos da máfia de Bombaim. Shantaram relata tudo isso e muito mais. É uma história épica e hipnótica de favelas super lotadas e hotéis de cinco estrelas, amores românticos e torturas em prisões, guerras entre facções de máfia e filmes de Bollywood, gurus espirituais e sangrentas batalhas. 
O enredo tece uma teia sem costuras de personagens inesquecíveis, aventuras extraordinárias e evocações magníficas da cultura indiana. Este livro notável pode ser lido como um grande e prolongado suspense, assim como uma meditação surpreendentemente bem escrita sobre a natureza do bem e do mal. Trata-se de uma história comovente de um homem foragido que perdeu tudo – lar, família e alma – e voltou a encontrar sua humanidade enquanto vivia no limite selvagem da experiência. Nenhum romance desta grandeza foi escrito antes e ninguém além de Greg Roberts poderia tê-lo escrito agora. 

Minha Experiência com a Obra

Começar essa resenha está sendo muito difícil para mim, mas vamos lá, do começo... Ganhei Shantaram de presente de um amigo, ele me disse que esse era seu livro favorito e que eu entenderia o porquê. Passei dez dias envolvida com essa obra, digo envolvida porque eu pude sentir tudo que era narrado enquanto a lia. No princípio, pensei que não me identificaria com o livro, tive um pensamento preconceituoso " A história de um fugitivo na Índia ". Eu tinha uma imagem formada sobre aquele país  e não era nada positiva; estava remetida aos maus tratos as mulheres, castas, desigualdades e etc, porém, fui completamente surpreendida com os relatos do autor. As experiências e aventuras que "Lin" viveu nesse país são fascinantes, principalmente as que estão remetidas a amizade. Aprendi tantas lições por intermédio de pessoas reais  abordadas nesse livro, lições de gratidão, amor e perdão, como o próprio escritor diz: - A Índia é o país do coração. 

A primeira pessoa que Gregory conheceu em Bombaim foi Prabaker, um pequeno guia turístico que sorria com sua alma, eles criaram um forte vinculo de amizade, o indiano começou a chama-lo de Lin e esse nome pegou. Prabaker foi um grande amigo para o autor, ensinou-lhe a falar seu idioma, o convidou para conhecer sua família que vivia em um pequeno vilarejo e quando ele ficou sem dinheiro, o amigo conseguiu um barraco para ele na favela em que vivia.  

Apesar de ter cometido diversos roubos devido a heroína, Lin possuía um bom coração, mesmo que não admitisse isso! Ele começou um posto de saúde na favela com uma simples maleta de primeiros socorros, ensinou inglês as crianças e fez alguns aprendizes para auxiliá-lo no posto. Ele também se apaixonou por Karla, uma estrangeira que também vivia em Bombaim, da maneira que ele a descreve, eu também me apaixonaria por ela. Gregory fez muitas coisas ilegais em Bombaim, trabalhou para o chefe da máfia para adquirir seu sustento e começou a amá-lo de forma fraternal. Fez diversas loucuras no decorrer de toda a história, sofreu muito e amou de mais. 

Infelizmente eu não consigo descrever o quão bela é essa obra, as lições que aprendi estão guardadas no meu coração, na minha alma e não consigo dividi-las, não posso descreve-las com clareza. O que eu posso dizer é que eu sorri, gargalhei, chorei, aprendi e isso é tudo que eu espero de um livro, tenho certeza de que não encontrarei nada parecido com Shantaram por um bom tempo. 

" O que mais caracteriza a raça humana, Karla me perguntou uma vez, a crueldade ou a capacidade de se envergonhar dela? Pensei que a pergunta fosse incrivelmente inteligente na época, quando ouvi pela primeira vez, mas sou solitário e sábio agora e sei que não é nem a crueldade nem a vergonha que caracterizam a raça humana. É a capacidade de perdoar que nos torna o que somos. Sem o perdão, nossa espécie teria se aniquilado em infindáveis retaliações. Sem o perdão não haveria história. Sem essa esperança, não haveria arte, pois toda obra de arte de certa forma é um ato de perdão. Sem esse sonho, não haveria amor, pois cada ato de amor de certa forma é uma promessa de perdão. Nós vivemos porque podemos amar, e amamos porque podemos perdoar."

Abaixo deixo o vídeo da resenha, peço que perdoem minha incapacidade de descrever a obra de maneira clara, espero que entendam o lado emocional que o livro exerceu sobre mim. 








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