Queria ver você feliz é a primeira obra não fictícia de Adriana Falcão, onde relata-se uma grande história de amor, cujo os personagens principais foram seus pais. O romance foi publicado no ano de 2014, possui 160 páginas e custa em média R$ 35,00.
Como começar a resenhar esse livro? Me sinto como o Caio (personagem principal); cheia de dúvidas e incertezas, melhor iniciarmos essa resenha falando de quem sempre esteve presente no decorrer da história.... Sim, ele mesmo, o AMOR; grande narrador da trajetória de Maria Augusta e Caio, ele foi o maior responsável por quase todos os acontecimentos... Os primeiros olhares, a distância, a proibição, a união e até nas cinzas do fim ele se manteve presente.
"CONFESSO LOGO de cara que o proibido sempre me atraiu. Faz parte da minha natureza transgredir, invadir, violar. Não me interessa desimpedir impedimentos, não necessito de acordos, não me aprazem os “a contento”, não sou de pedir licença, não estou nem aí para sorrisos hospitaleiros, não me venham com xícaras de chá. Estou, sim, belicosamente plantado no meio de olhos que não se devem olhar, corpos interditos, condições incompatíveis, atos ilícitos, corações desautorizados."
Nada melhor que se plantar um amor de infância e ele germinar... Maria Augusta era uma menina muito especial, devorava livros, vivia de exageros, amava músicas e é claro sua gata Jeanett, morava com sua mãe, sua tia e irmã mais velha. Já Caio era um menino pensador, não gostava de fazer quase nada, incluindo estudar (o que muitos viam como vagabundagem), desde pequeno perdido em suas peguntas e respostas, morava com seus pais e tinha uma irmã, o pivô do primeiro contato entre os personagens principais.
Maria Augusta e Caio passaram por todas as fases das quais o amor pode passar: viveram um romance escondido, a distância das férias era recheada de saudades e expectativas, a fase do ciumes, aproveitaram a liberdade de um namoro maduro, um noivado feliz com ameças e exageros de Maria Augusta, um início de casamento que parecia uma constante lua de mel, enfim, o amor os abençoou com a maior dádiva: amar sem limites. Os filhos se tornaram mais uma forma de eternizar e canalizar o amor de Maria Augusta para outro lugar, porém, após a vinda das crianças iniciou-se uma triste etapa...
Não posso escrever mais sobre a obra, pois quero que leiam e tirem suas próprias conclusões, o que tenho para acrescentar é que a realidade da história tem o poder de nos deixar tristes é completamente instigados com os próximos acontecimentos. Não posso dizer que seja um romance do qual eu tenha adorado, pois não concordo com muitos atitudes ocorridas, das quais considero obsessão e não amor (opinião pessoal), porém aceito, aliás como controlar a vida ou o amor do outro? Somos seres indomáveis e neuróticos u.u. O que posso dizer é: foi um dos amores mais marcantes que tive o privilégio de ler, nunca esquecerei Caio e Maria Augusta e esse exemplar continuará a ter um lugar especial na minha prateleira.
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